Imagina esta cena: acabas de entrar numa aula de jovens alunos. Os olhares das crianças, cravados no professor, expressam expetativa. Enquanto falam, erguem as mãos com entusiasmo na ânsia de fazer perguntas e partilhar as suas ideias. O ambiente é animado, muito por conta da ligação emocional dos alunos com a aula e entre si.
Agora, imagina uma segunda sala de aula. Os alunos estão virados para a frente, mas estão agitados, distraídos e menos participativos. Só se ouve o professor a explicar as conjugações verbais e o som dos lápis a escrever num livro de exercícios.
Qual é a diferença?
Na primeira sala de aula, os alunos estão a ouvir uma história que lhes desperta o interesse e capta a sua atenção. A aprendizagem através de histórias popularizou-se nos últimos anos como forma de incentivar a uma maior participação e avaliar melhor os jovens alunos. O ensino, a aprendizagem e a avaliação baseados em histórias podem transformar a experiência de aprendizagem, fomentando o desenvolvimento da linguagem e o entusiasmo pela aprendizagem muito depois de a história terminar.
Vejamos como tudo acontece.
Vantagens da aprendizagem através de histórias para os alunos mais jovens
As histórias desempenham um papel importante na vida e aprendizagem do ser humano, em especial das crianças. Ajudam-nos a adquirir conhecimentos e a representar experiências. Também são essenciais para a aquisição de linguagem.
Crianças e histórias são elementos que combinam naturalmente. As crianças reagem com fascínio às histórias em diferentes contextos sociais. Quando participam numa sessão de narração de histórias, ouvem a narrativa e interagem com os colegas e com o narrador. Por exemplo, fazem perguntas e partilham as suas reações e emoções. Isto ajuda-as a desenvolver a linguagem e a compreensão do mundo e incentiva a aprendizagem socioemocional através das histórias.
Os jovens alunos também demonstram entusiasmo, energia e vontade de participar, mas a sua capacidade de concentração é limitada. Necessitam de materiais e atividades variados, adaptados aos seus estilos de aprendizagem, necessidades e preferências. Também não nos podemos esquecer da importância do elogio e do encorajamento como forma de os motivar a atingir os seus objetivos de aprendizagem.
Uma abordagem à aprendizagem baseada em histórias:
- cria um ambiente envolvente que aumenta a motivação intrínseca e a participação, tornando a aprendizagem divertida.
- ajuda os alunos a desenvolverem vocabulário novo.
- melhora as competências metacognitivas e cognitivas.
- contribui para o crescimento emocional e intelectual.
- ajuda a fomentar a empatia e a consciência cultural.
- promove uma atitude positiva em relação à aprendizagem de línguas estrangeiras, tornando-a agradável, fornecendo contexto e criando laços emocionais.
Consulta a nossa biblioteca de recursos de histórias para crianças para os níveis A1–C1.
Narração digital de histórias na sala de aula
A introdução de novas tecnologias digitais interativas, como as aplicações, os blogues e as redes sociais, revolucionou a aprendizagem de línguas. Oferece oportunidades de utilização da língua que vão para além do contexto tradicional da sala de aula. Esta aprendizagem de línguas assistida por tecnologias (TELL) também transforma a aquisição de conhecimentos numa atividade colaborativa e pode promover a autonomia do aluno.
A narração digital de histórias é uma forma de TELL que se popularizou para o ensino na aprendizagem de línguas. As histórias em formato digital combinam elementos visuais, textuais, de áudio e de vídeo, o que permite aos alunos partilhar narrativas pessoais e conversar sobre vários tópicos.
Para os jovens alunos com idades compreendidas entre os 9 e os 12 anos, isto oferece-lhes a oportunidade de criar e comunicar diferentes textos de histórias em inglês através de diferentes modos de comunicação. Também integra competências linguísticas como expressão escrita, expressão oral, compreensão oral e compreensão escrita.
A título de exemplo, o projeto "Following in the Footsteps of My Ancestors" (Nas pegadas dos meus antepassados) foi criado por alunos da Universidade de Kragujevac, na Sérvia. Nele utilizaram a narração digital de histórias para explorar e contar as histórias das suas famílias, combinando elementos multimédia como imagens, texto, narração e vídeo para criar histórias pessoais e interessantes.
Projetos como este ajudam a desenvolver múltiplas competências, incluindo a investigação, a organização da informação, a escrita de guiões, a narração e a publicação digital. Além disso, potenciam o pensamento crítico, a criatividade colaborativa, a resolução de problemas e as multiliteracias.
Jogos na sala de aula
A narração digital de histórias é uma forma criativa e cativante de os jovens alunos desenvolverem as suas competências linguísticas, mas não é a única abordagem inovadora que está a ganhar terreno nas salas de aula modernas.
Os jogos educativos também tiram partido da propensão natural das crianças para a brincadeira e a imaginação, e a linha entre as duas é muitas vezes ténue, especialmente para os alunos mais jovens. Isto porque muitos jogos apresentam elementos narrativos, enquanto as histórias interativas podem incluir elementos semelhantes a jogos. Esta sinergia cria um ambiente de aprendizagem enriquecedor e envolvente.
Os jogos são ferramentas poderosas para aumentar a motivação dos alunos. Promovem a interação e transformam a aprendizagem numa experiência agradável. Até mesmo os temas mais difíceis podem tornar-se mais acessíveis. Trata-se de uma abordagem que demonstrou ter um impacto positivo no envolvimento e na motivação em comparação com os métodos de ensino tradicionais.
Os jogos também fomentam a colaboração, a comunicação e a capacidade de resolução de problemas, contribuindo para uma comunidade de apoio na sala de aula e preparando os alunos para os desafios do mundo real.
Por último, a gamificação oferece uma abordagem alternativa às avaliações, criando um ambiente com um baixo nível de stress no qual os alunos podem demonstrar os seus conhecimentos e competências. Isto é particularmente benéfico para os jovens alunos que podem sentir dificuldades com os formatos de realização de testes convencionais. Por esta razão, tem vindo a tornar-se cada vez mais importante para avaliar os jovens alunos, como veremos a seguir.
Avaliações gamificadas
Os testes são essenciais para avaliar o desenvolvimento da linguagem, mas podem afetar negativamente a autoestima, as perceções pessoais, os objetivos de estudo futuros e as oportunidades educativas. Por este motivo, as tarefas dos testes devem ser adequadas à idade, evitando avaliações frustrantemente difíceis ou demasiado longas.
Felizmente, a forma como avaliamos os jovens alunos de línguas evoluiu para um ensino baseado em provas. Os quadros mais recentes tendem a dar prioridade às capacidades de compreensão oral e expressão oral de línguas estrangeiras em detrimento do mero conhecimento da língua. Têm igualmente em conta o desenvolvimento de competências sociais, emocionais e de literacia. Esta abordagem holística garante que as avaliações refletem com maior rigor a competência comunicativa global e o progresso do desenvolvimento de uma criança, por comparação aos métodos tradicionais.
Neste âmbito, a utilização da tecnologia e da gamificação é um domínio de interesse crescente, com a avaliação baseada em jogos a oferecer novas perceções no que se refere à motivação dos jovens alunos. Isto porque proporciona uma forma dinâmica e interativa de avaliar uma variedade de competências. Os educadores também obtêm informações valiosas sobre as competências de compreensão oral e expressão oral das crianças e sobre a sua capacidade de colaborar e resolver problemas.
Em suma, obtém-se uma ideia mais abrangente dos resultados da aprendizagem dos alunos do que com testes com papel e caneta.
Com este objetivo em mente, o British Council lançou um novo teste inovador baseado em histórias para jovens alunos, que analisaremos em seguida.
Como o Primary English Test ajuda a melhorar os resultados dos alunos
A nossa experiência mostra que as crianças obtêm melhores resultados em testes que não envolvem um formato rígido de aprovação/reprovação. Além disso, verifica-se um maior envolvimento quando exploram temas que os entusiasmam e interessam.
É por isso que o nosso Primary English Test, feito em computador, foi concebido para ajudar crianças de 9 a 12 anos a realizá-lo com confiança e a dar o seu melhor. Utiliza narrativas interessantes, animações baseadas em histórias e perguntas e enredos gamificados para as envolver e prender a sua atenção enquanto aprendem. Isto incentiva-as a usar a sua imaginação e a superarem-se.
O Primary English Test também é adaptativo, ou seja, o conteúdo e as perguntas são automaticamente ajustados durante o teste, de acordo com o nível e o desempenho de cada aluno. Isto garante que as crianças participam em desafios adequados aos seus níveis individuais. Também evita que se sintam stressadas e impotentes para realizar tarefas que estão acima do seu nível.
Mais importante ainda, o Primary English Test oferece uma ideia clara das competências de inglês dos alunos. Em vez de passarem ou reprovarem, os alunos obtêm uma pontuação em cada uma das quatro principais competências de inglês: compreensão oral, compreensão escrita, expressão oral e expressão escrita. Desta forma, obtêm-se notas fiáveis, alinhadas com o QECR.
Histórias para aprender: uma melhor forma de envolver os jovens alunos
A aprendizagem através de histórias pode melhorar significativamente os resultados educativos dos jovens alunos. Isto deve-se ao facto de envolverem os alunos do ponto de vista emocional e cognitivo, criando assim um ambiente de aprendizagem motivador e participativo. Através da narração de histórias, as crianças desenvolvem competências linguísticas essenciais, expandem o seu vocabulário e adquirem uma compreensão mais aprofundada do mundo que as rodeia. A narração digital de histórias também oferece formas inovadoras de os alunos se expressarem e colaborarem, integrando múltiplas competências linguísticas de uma forma divertida e interativa.
Por último, as histórias e a gamificação também contribuem para abordagens modernas mais holísticas às avaliações. Isto permite aos educadores avaliar melhor as competências linguísticas dos alunos num ambiente com um baixo nível de stress. É por isso que testes como o Primary English Test do British Council são especificamente concebidos para ajudar os alunos a relaxar e a dar o seu melhor, eliminando os constrangimentos e o stress dos testes tradicionais.
Sabe mais sobre o nosso Primary English Test.
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